Finalmente uma férias merecidas... Estamos de descanso por duas semaninhas que, verdade seja dita, não vão saber a nada, muito menos com a quantidade de coisas que queremos fazer/temos para fazer/nos obrigam a fazer... Já se sabe como é... Natal, família, paz, amor, o mesmo do costume... Eu só vim aqui deixar um Feliz Natal :D!...
Oh-Oh-Oh...
NÃO... Surpresa!!!! (não pensavam, por acaso, que eu iria acabar o post assim, pois não!?)
Vamos lá filosofar... (É verdade, não tenho auto-controlo nenhum!)
É suposto o Natal ser uma época de amor e de pensamentos bonitos... Verdade? Não... É também uma época de gente doida... Estava eu aqui sentada (para quem não sabe estou no Montijo, onde passo os Domingos, a trabalhar num stand do meu pai, e a ver passar pessoas da Ucrânia, Rússia, Moldávia e algumas de Portugal) quando, de repente, se me dirige um Sr.º (com S maísculo, pois devia ter paí uns 2m de altura) e se dirige à minha "banca", onde muito amavelmente me pergunta quanto custam as pantufas. O diálogo que se seguiu foi algo do género:
- Depende do número.
- O número da minha mulher.
- E qual é o número da sua mulher?
- Não sei...
- Não me sabe dizer nem mais ou menos, só para eu lhe dizer, mais ou menos, quanto pode ser?
- Eh pá... Olhe, acho que não, é que sabe, a minha mulher morreu...
Nem imaginam a minha cara... Para que raio queria um homem umas pantufas para a mulher que morreu?!
- Ah pois, não sei, então... Respondo eu.
- Mas menina eu queria muito oferecer-lhe umas pantufas...
Eu, como imaginam, sem respostas, limitei-me a fazer uma espécie de som como quem diz: "Pois...", até que perguntei:
- Mas a sua senhora faleceu à muito tempo?
- Não, morreu ontem!
- Ah! Mas, sem o querer ofender, explique-me lá como é que vai oferecer umas pantufas à sua mulher se ela morreu ontem?
O homem olhou para mim e disse:
- O estar morto não interessa, o que conta é a intenção e apesar de ela ter morrido ontem eu ainda a sinto ao pé de mim e hei-de colocar na árvore umas pantufas, nem que sejam umas de criança!
(Se eu tivesse um buraco, acreditem... estava bem no fundo)
- Então pode levar o número que quiser, eu dou-lhe umas (das sintéticas claro...)
Ele levou umas pantufitas 36 e abalou... (Esperem... leiam até ao fim que o melhor está para vir...)
Nisto passa uma senhora completamente desorientada a perguntar ao segurança pelo marido... Tal não é o meu espanto quando vejo o segurança, a mulher e o bendito do homem das pantufas!
Conversa daqui, conversa dali... O homem estava com uma depressão e tinha saído de casa (em frente ao centro comercial onde eu estou instalada) e, pelos vistos tinha a mania que a família estava toda morta ou qualquer coisa assim... (Não fiquei a perceber muito bem no meio da confusão!!)
No fim disto tudo tenho conclusões a tirar:
1ª - Fiquei sem umas pantufas
2ª - Fiquei sem o dinheiro das pantufas
3ª - Passei por parva (né que não seja mas isto é demais...)
4ª - No meio disto tudo o maluco tinha uma moral de Natal, porque com aquela conversa fiquei a pensar que quem não está connosco está no meio de nós (sei que é pirosada, mas fiquei a pensar...)
Por isso já sabem... Mortos ou vivos tenham todos um Bom Natal e, mesmo que estejam mortos/vivos (caso da mulher) merecem umas pantufinhas quentinhas no Natal, que é uma época de muito frio!!